Docentes das IFES querem mais negociação com o MEC

16/01/2013

Os professores de universidades e institutos federais querem negociação permanente com o Ministério da Educação (MEC) sobre o acordo salarial de 2013. A pauta dos docentes inclui reestruturação da carreira e melhor infraestrutura pedagógica, reivindicações apresentadas durante a greve dos professores no segundo semestre do ano passado.

Diretores do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) se reúnem na tarde desta terça-feira (15) com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Eles irão propor uma agenda de discussões que ocorreriam ao longo do ano.

No segundo semestre do ano passado, a greve nas universidades federais e institutos federais de educação tecnológica durou mais de 100 dias. Durante as negociações, os professores levaram temas recorrentes, como salários maiores e realização de concursos públicos para a contratação de mais profissionais.

(fonte: O Globo)

Reitoria da UFPR assina pautas com o Comando de Greve dos Estudantes

18/12/2012

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Os anos de 2011 e 2012 foram marcantes na vida dos estudantes de várias Instituições Federais de Ensino Superior (IFEs). No ano de 2012 vivemos a maior greve do setor publico federal brasileiro. Esse processo infelizmente não trouxe tantas conquistas econômicas efetivadas nacionalmente. Entretanto, o saldo político e organizativo para as categorias que se colocaram em movimento foi extremamente valioso para os próximos momentos que virão.

Nesse processo, nós estudantes da UFPR também nos colocamos em movimento: construímos uma greve estudantil e lutamos arduamente pelas nossas reivindicações, aliados às reivindicações dos trabalhadores da Universidade. Foram quase quatro meses de greve com muitas rodadas de negociações com a reitoria, atos, manifestações, ocupação de reitoria, debates, entre outros.

Tivemos muitas conquistas com toda a movimentação, e ao sairmos de greve ficou a promessa da assinatura das pautas, o que nos daria uma maior garantia de efetivação das nossas reivindicações pela reitoria. Mas isso não ocorreu de imediato. Houve um período de 85 dias em que a reitoria tentou nos enovelar com desculpas de escassez de tempo e de estarem em processo eleitoral das eleições para reitor, e com isso não seria possível efetivar o compromisso com os estudantes.

Mesmo assim, após quase três meses ainda havia uma brasa, havia estudantes ainda mobilizados e de prontidão para mais um embate contra uma manobra da reitoria com a gestão atual do Diretório Central dos Estudantes (DCE, gestão Nós Vamos Invadir Sua Praia), como tantas outras ocorridas durante o processo de greve. A assinatura das pautas deveria se dar com a Comissão de Negociação do Comando de Greve dos Estudantes, que foi construído por todos os estudantes interessados e referendado em assembleia. Contudo, a assinatura estava prestes a ser realizada na surdina com o DCE. Justo o DCE que não edificou e que assim que teve oportunidade deslegitimou a movimentação de greve estudantil ocorrida!

Apenas no dia 05 de dezembro de 2012, com a intervenção de estudantes mobilizados, foi realizada a tão adiada assinatura das pautas estudantis com a Comissão de Negociação do Comando de Greve dos Estudantes, e não com os burocratas-representantes que tentaram até o ultimo momento se sobressair em relação às nossas pautas conquistadas, tentando tomar para si os louros de nossa vitória.

Com a assinatura das pautas, passa-se a valer os prazos para a efetivação das conquistas estudantis e o início da participação estudantil nas comissões para efetivação de pautas específicas. Enfim concluímos o que foi um processo longo e trabalhoso, mas que nos trouxe conquistas importantes, sejam elas econômicas ou políticas e organizativas. Mas a luta não acaba aqui! Agora iniciamos outra etapa: de cobrar para que essas conquistas saiam do papel, continuando a construção de um movimento estudantil combativo, e não atrelado e dependente da reitoria e do governo.

Esse processo mostrou aos estudantes que se colocar em movimento e tomar rédeas de seu próprio destino é que realmente pode mudar as coisas. Mostrou que só a luta muda a vida!

Para ter acesso às pautas assinadas com a reitoria, clique aqui.

Para conhecer as análises do Coletivo Outros Outubros Virão sobre o processo de greve de 2012, acesse nosso jornal clicando aqui.


Professores da UFPR deliberam suspensão da greve

13/09/2012

Os professores da Universidade Federal do Paraná reunidos em assembleia decidiram suspender a greve a partir de segunda-feira (17). A discussão ocorreu no Teatro da Reitoria reunindo mais de 400 professores e começou com a explicação da proposta do Comando Nacional de Greve de suspensão unificada da greve, que deveria alcançar os 4 meses de duração na próxima segunda-feira.

Mesmo com as aulas voltando neste dia 17 de setembro, a greve pode voltar a qualquer momento, uma vez que foi suspensa e não finalizada. Em breve, mais informações.

(fonte: medicinaufprnoticias)

Conquistas da greve unificada UFPR

13/09/2012

CONQUISTAS DA GREVE UNIFICADA - UFPR 2012

Nas duas últimas greves tivemos um grande avanço no que diz respeito a luta dos estudantes e trabalhadores por melhoria nas suas condições de ensino e trabalho. As três categorias da educação superior publica federal se uniram. Se uniram para clamar por mais justiça no trabalho. Por mais justiça na educação. Um exemplo é a luta contra a instalação da EBSERH, (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) na UFPR. Mas por que barrá-la? Vamos a um breve contexto.

A EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), empresa pública mas de direito privado, foi criada para administrar os hospitais universitários federais (HU’s). O regimento interno da empresa previu a recomposição da força de trabalho dos hospitais, dessa forma os técnicos e funcionários das fundações não viam nenhuma garantia de manutenção dos seus empregos e a admissão de pessoal passaria a ser sob o regime da CLT.

Como todas as empresas de direito privado, a EBSERH segue a lógica de mercado e, portanto, seu fim último é o lucro. Sendo assim, com a implantação dessa empresa ficariam comprometidos os objetivos acadêmicos dos hospitais universitários, bem como o caráter de atendimento universal e gratuito à comunidade. E ainda, poderia acarretar no comprometimento da função primordial dos hospitais universitários, o de ser um hospital-escola, sem a garantia de que as aulas e estágios dos estudantes fossem prioridade e, assim, passando a funcionar como uma verdadeira empresa.

Está claro que, enquanto os estudantes, técnicos, professores e a comunidade em geral sairiam perdendo com a EBSERH, alguém sairia ganhando. Esse “alguém” é o capital, cujos interesses foram, mais uma vez, defendidos pelo governo federal.

Mas, devido à união da comunidade acadêmica da UFPR em defesa da autonomia da universidade, a EBSERH foi barrada em Conselho Universitário, no último dia 30 de agosto, de forma unânime e por aclamação!

Essa conquista não foi nada fácil, todas as categorias tiveram que construir atos e pressionar pela realização do COUN que barrou a EBSERH.

Não há vitórias sem luta!


Professores das universidades federais decidem manter greve

10/09/2012

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) anunciou em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, dia 10 (leia aqui), que a greve da categoria continua. De acordo com a nota, 52 associações sindicais apresentaram os resultados decididos em assembleias: 39 votaram pela manutenção da paralisação e 13 pela sua suspensão.

Uma nova rodada de assembleias gerais deve ocorrer entre os dias 11 e 13 de setembro, quando o sindicato promete a divulgação de uma nova decisão. O Andes é a entidade de maior representatividade na categoria, presente em 51 das 59 universidades federais.

Iniciada há 117 dias, a greve começa a perder força. Segundo o Ministério da Educação (MEC), 17 universidades federais e 5 câmpus da Universidade Federal do Tocantins (UFT) têm previsão de retorno às aulas nas próximas semanas, a maioria no dia 17. A Universidade Federal do ABC (UFABC) volta hoje, e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), depois de amanhã.

Na semana passada, três grandes universidades optaram pelo fim da greve: as federais de Minas Gerais, de Pernambuco e da Bahia. A Universidade de Brasília e as universidades federais de São Carlos, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Ceará também encerraram a greve.

No Rio, a UFRJ já saiu da paralisação, mas a federal rural (UFRRJ) e a federal fluminense (UFF) ainda estão paradas. A federal fluminense (UFF) e a federal do Estado do Rio (UniRio) chegaram a suspender os seus calendários acadêmicos.

Segundo o comando nacional de greve do Andes, o movimento deste ano já é considerado um “marco” em relação à paralisação de 2005, a mais longa até então. Cinquenta e sete das 59 instituições de ensino superior federais tinham parte ou a totalidade de seus docentes parados. Apenas a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Universidade Federal de Itajubá não aderiram ao movimento.

Em todo o Brasil, segundo o MEC, mais de 500 mil alunos foram afetados. Mais que a busca por melhores salários, as principais reivindicações do movimento docente, iniciado em maio e que representa os 140 mil professores das federais, são pela reestruturação da carreira docente, além da melhoria nas condições de trabalho e ensino.

Proposta

A proposta encaminhada ao Congresso pelo Ministério do Planejamento em agosto alardeia um aumento entre 25% e 40% até 2015, mas é revestida de armadilhas, que intensificam a desestruturação da carreira e, descontada a inflação do período, acarretam perdas salariais para a maioria da categoria docente. Por esse motivo, a proposta foi aceita apenas pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), entidade que representa seis universidades federais.

A adesão ao plano de reajuste salarial foi negada pelo Andes. Na contraproposta protocolada pela entidade no dia 23 de agosto, a entidade abre mão do aumento salarial e dá preferência à reestruturação da carreira, mostrando boa vontade para a negociação efetiva. Segundo o MEC, a proposta custaria um valor muito alto aos cofres públicos (seriam R$10 bilhões – ao mesmo tempo que anuncia pacote de R$133 bilhões em concessões de ferrovias e rodovias) e não privilegia a titulação e a dedicação exclusiva, pontos considerados inegociáveis pelo governo que ainda dá por encerrada a negociação.

(com informações da Gazeta do Povo)